Home Blog O Arco elétrico pode representar altos riscos, mas é possível traçar estratégias para minimizá-los.

O Arco elétrico pode representar altos riscos, mas é possível traçar estratégias para minimizá-los.

quarta, 08 de fevereiro de 2023

Os acidentes com energia elétrica, abrangendo choques elétricos, incêndios por sobrecarga e outras descargas, atingiram a marca de 759 ocorrências no primeiro semestre de 2021, segundo dados recentes da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Esses dados confirmam uma realidade, que a energia, seja ela qual for, é perigosa e pode causar graves consequências.


Diante dessa informação, é necessário considerar possíveis situações que podem causar riscos como os citados acima e saber a melhor forma de lidar com elas, como é o caso do arco elétrico.


Quando uma corrente elétrica flui entre dois pontos em que ocorreu a perda de isolamento e ruptura dielétrica, não há apenas energia visível liberada. Nesta situação, acontecem várias ondas de diferentes comprimentos “Para que esse fenômeno aconteça, é necessário que haja dois eletrodos condutivos, ou seja, dois pontos com diferença de potencial, e entre eles um gás ou isolante que sofre uma ruptura dielétrica capaz de romper a isolação produzindo uma descarga”, explica o Castellane Ferreira Engenheiro e diretor da Varixx, fabricante de soluções para eletrônica de potência.


Dentre os diversos riscos oferecidos pela energia elétrica, o arco elétrico destaca-se como um dos mais perigosos aos operadores e envolvidos em manutenções elétricas. Pois, em função da grande quantidade de energia liberada e das altas temperaturas geradas por esse fenômeno, os trabalhadores podem sofrer queimaduras graves ou até riscos de morte. Também, os seus efeitos são ainda mais amplos, uma vez que são gerados vapores metálicos tóxicos, projeção de metal fundido, luz intensa e uma onda de pressão.


“Além disso, a luz emitida e o espectro de frequências do arco elétrico incluem radiação de raios ultravioletas, podendo causar danos à retina ocular de um ser humano”, explica Ferreira.


O arco elétrico pode gerar um calor tão intenso que atinge até 20.000 °C, temperatura superior à suportada por qualquer material conhecido. Portanto, também pode causar danos irreparáveis em máquinas, equipamentos e no meio ambiente, trazendo prejuízos econômicos e responsabilização socioambiental.


As falhas que originam um arco elétrico estão associadas, na maior parte dos casos, a curtos-circuitos fase terra, que podem evoluir repentinamente para um curto-circuito trifásico, e as causas mais comuns que acarretam essas falhas são quedas de ferramentas, contato acidental da equipe de manutenção, acúmulo de corrosão ou poeira nos condutores, isolantes envelhecidos e presença de pragas, como ratos, cobras ou outros animais que entram em contato com condutores energizados, podendo produzir calor intenso, explosões, ondas de pressão e outros efeitos. Por liberar uma grande quantidade de energia em um curto espaço de tempo, o arco elétrico passou a ser considerado um dos principais riscos envolvendo eletricidade.


“Diariamente aqui na Varixx, indústrias e empresas de todos os tamanhos e de diversos segmentos diferentes nos procuram para relatar eventos envolvendo arco elétrico. Muitas vezes, essas mesmas indústrias esperam algo realmente grave acontecer para começarem a agir, e quando algo desse nível ocorre, subestações com vários painéis e quadros elétricos são destruídos impactando o processo produtivo e, até mesmo o mais drástico, levando a vida das pessoas”, comenta Ferreira.


O especialista conta que essa quantidade de energia difundida na forma de luz e calor, em alguns casos, podem ter sua aplicabilidade projetada, bastante importante para processos que fazem o uso controlado do arco elétrico, por exemplo, em equipamentos elétricos como alguns tipos de lâmpadas, máquinas de soldagem, forno de arco voltaico, velas de ignição, entre muitos outros. Portanto, generalizar de que o arco elétrico é sempre prejudicial, não é uma verdade.



Como minimizar os efeitos do arco elétrico – Na verdade, as empresas costumavam fornecer roupas de proteção como uma boa maneira de minimizar os efeitos do arco voltaico sobre os trabalhadores em serviços elétricos. Entretanto, para operações em áreas de alto risco, muitas vezes o nível de proteção dos EPIs não eram o suficiente para proteger a vida dessas pessoas. A norma regulamentadora NR-10, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, apresenta um conjunto de medidas que se colocadas em prática reduzem a possibilidade de um trabalhador sofrer as consequências de um arco elétrico. Da desenergização do painel a utilização de EPCs e EPIs, medidas de proteção coletivas e individuais que ajudam a prevenir que um arco elétrico aconteça, ou, minimizar as suas consequências.


Assim, muitas pesquisas trouxeram informações técnicas sobre como podemos reduzir os efeitos do arco voltaico ou como podemos reduzir a energia incidente gerada por este evento. Durante muito tempo, os pesquisadores desenvolveram a pirâmide de hierarquia de controle com um passo a passo para reduzir e proteger as pessoas em subestações elétricas ou outras áreas de alto risco. A eliminação dos riscos é o primeiro passo. O segundo é substituir os equipamentos antigos por equipamentos mais novos e de maior desempenho, os quais são aplicados para sistemas de proteção e abertura do circuito, como um disjuntor, por exemplo. Depois destes, o próximo passo é a análise de engenharia e o último passo é a especificação do EPI.    


Sobre o controle de análise de engenharia, Ferreira, afirma que entre as medidas existentes estão os sistemas de proteção que detectam arcos elétricos através de ondas ultravioletas produzidas na etapa inicial de ionização do arco. Esses sistemas são capazes de abrir os disjuntores e seccionadores rapidamente depois de identificar um arco elétrico em antecipação, atuando em um tempo ultrarrápido. Portanto reduzindo a energia incidente nas instalações elétricas.


O inovador modo de detecção no tempo pré-arco e a atuação ultrarrápida em no máximo 300 microssegundos foi introduzido pela primeira vez pela Varixx. O Zyggot Arco, realiza esta detecção que elimina a necessidade de uma leitura de corrente elétrica para confirmar o evento do arco. Isso é possível devido a detecção por onda ultravioleta que também traz maior confiabilidade, pois durante o processo de consolidação das etapas iniciais de um arco elétrico, há um aumento abrupto da onda ultravioleta na etapa de ionização do ar.


“Em função disso, as inovações do Zyggot são consideradas uma das melhores do mercado, em razão de aumentar a segurança, minimizar danos em equipamentos e prevenir riscos envolvendo os profissionais, inclusive leva-los a óbito”, afirma Ferreira.


A energia elétrica é um risco, não apenas para a vida de funcionários que atuam na área, mas também para toda a infraestrutura de uma empresa e também para sua imagem corporativa associada a péssima exposição advindas de acidentes de trabalho. Por isso, atente-se ao sinal e tome medidas preventivas, para que não seja necessário que elas sejam aplicadas após o acontecimento de um acidente.

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